O ourives mantém a prata sobre o fogo e a deixa aquecer. Assenta-se em frente ao alto-forno o tempo todo em que a prata está sendo refinada. Durante esse processo, mantém, rigorosamente, seus olhos na prata, pois, se for deixada nas chamas, ainda que por um momento a mais, o precioso metal será destruído.

E quando o ourives sabe que já pode retirar a prata do cadinho? Ah, quando ele vê a sua imagem refletida na prata. Aí ela já está completamente refinada. O profeta Malaquias nos lembra que Deus faz o mesmo que o ourives: “Ele se assentará como um fundidor e purificador da prata.” – Malaquias 3.3

Quantas vezes Deus nos permite passar pelo fogo e nos mantém nesta condição tão difícil! São as aflições, as dores da alma, as frustrações, as perdas significativas, as decepções, as enfermidades. Mas, nesses momentos, precisamos lembrar: o sofrimento é um processo de purificação, de refinamento; Deus não está longe e não se esquece de nós; Ele nos sustém em Suas mãos; quando a Sua imagem volta a ser refletida em nós, é prova de que já ficamos refinados, como a prata no cadinho.

A fé não exige o que queremos. Deus é soberano, tem o Seu tempo e a Sua forma de agir. Ele nunca decepcionará a nossa confiança. Como a prata no cadinho, as provações nos levam a despir do velho homem com todas as suas práticas, para refletir a glória de Deus num novo homem, o qual esteja sendo renovado.

Pr. Olney Basílio Silveira Lopes
Associação Apascentar