PERDAS OU GANHOS?

Houve um terremoto na Guatemala. Uma senhora idosa foi encontrada andando e cantando entre os escombros. Quando perguntada sobre como conseguia cantar, ela respondeu:”Posso ver que o meu Deus tem poder para chacoalhar o mundo”.

Há um exemplo muito usado por palestrantes que é a figura do copo com água pela metade. Pergunta: “O meu copo já tem água pela metade ou ainda falta a outra parte?” A tendência é olharmos para o que falta e não pelo que já temos.

Não temos como controlar grande parte das circunstâncias das nossas vidas. A sabedoria de viver está em como reagir a elas. Serão perdas, mais problemas ou novas oportunidades?
Neste mês de fevereiro, a nossa família viveu experiências dolorosas com as perdas de dois membros queridos. Não obstante ouvirmos testemunhos maravilhosos das suas vidas, temos que reconhecer que as suas ausências são e serão sempre sentidas. Foram perdas ou novas oportunidades? Tudo depende de como reagiremos diante das informações bíblicas, pelas quais temos pautado as nossas vidas.

Jesus relatou o fato da morte de dois homens que viviam perto um do outro, mas com situações pessoais muito diferentes. Jesus mesmo disse:” o rico morreu” e sobre Lázaro a frase foi: ” os anjos vieram buscá-lo”. Qual a imagem que gera mais conforto? Nós sabemos, mas mesmo assim, a visão predominante é a da perda, da morte, mesmo não sendo a melhor opção.

O Ap. Paulo, falando sobre este assunto em 2 Cor. 4: 16- 5:10, define que o foco apenas na vida transitória e mortal é desanimador e sem ganho real, mas o foco na vida eterna é renovador no dia a dia, com investimento melhor e ainda com garantias para sempre. O olhar apenas na morte é ter a presença necessária e temporal de Jesus na dor, mas a visão da vida eterna é estar com Ele para sempre na casa do Pai, a qual já nos foi preparada com antecedência. O foco na vida terrena é sofrível e angustiante, mas a fé no sobrenatural divino é viver com confiança e esperança pelos resultados eternos.

Jesus em João 3:16, mostra que o Pai nos ama de tal maneira e deu o que tinha de melhor, o Seu Filho Unigênito, sendo capaz de trazer- nos salvação eterna. Esse amor significou a necessidade do sofrimento e da morte, sendo ferido pelo próprio Pai. O objetivo do Pai e do Filho foi o além morte, a vida eterna sem mais interrupções nos relacionamentos. Ele agora nos deixou uma decisão exclusiva a tomar que é a de crer em Jesus como Senhor e Salvador e no seu propósito eterno.

Assim, a visão verdadeira a ser vivida é decidir crer que o melhor de Deus foi projetado com perspectiva para o eterno e não só na morte. Não fomos criados e salvos para a morte, mas para a eternidade com o Senhor Jesus. A ressurreição de Jesus é a garantia da nossa. Não nos preocupemos mais em como morreremos, mas em como viveremos desde já para a eternidade. O foco na vida terrena é buscar realização humana, mas viver para a vida eterna é honrar Aquele que nos colocou na sua família para sempre.

Fevereiro não foi um mês de perdas, mas de ganhos eternos. Lilia Maria (esposa do meu irmão, Pr. Daniel) e Pr. Jonas Zulske (marido da minha irmã, Maria Alice) estavam aqui e já estão vivendo o que devemos ansiar viver. Serviram ao Senhor pela fé enquanto aqui, mas agora servem de maneira pessoal e sem os ” ferimentos” que os afligiam nos últimos dias.

Que a Graça Suprema do nosso amado Deus e Pai traga conforto e direção a nós como seus filhos para sempre.

Pr. Carlos N. Martins
Associação Apascentar