Quando Deus criou a mulher, Ele estava inspirado. Tudo o que fez naquela semana foi bom. Após criar o homem, Ele mesmo teve a iniciativa de mostrar a Adão que “não seria bom” que ele ficasse só. Deus fez ao homem uma companheira idônea e expressou: “agora tudo ficou muito bom”. A reação de Adão foi: ”que beleza!!!”. Esse foi um momento de grande alegria no Éden.

Perguntei a várias mulheres sobre o que enxergam de positivo na pessoa da Eva. Para a minha surpresa, elas tiveram dificuldades nas respostas. É comum olharmos só o seu erro, na tentação, pensando que, se não fosse por Eva, tudo seria diferente.

Essa obra prima divina, noentato, pode nos ensinar alguns princípios e fazer com que a alegria do Criador esteja no coração de cada um de nós:

  • Ao criá-las para serem companheiras dos homens nos seus projetos, Deus as fez belas, inteligentes, iguais a eles e com potencial de realização muito grande. Salomão disse: ”A mulher sabia edifica o seu lar, mas a insensata o derruba”. Ela fará uma coisa ou outra, mas sempre mostrará a sua força.
    Mulheres, não vivam menos para o qual foram criadas, mas reflitam a imagem de Deus. Pensem em vocês mesmas com o valor dado por Deus e não pela mídia apenas.
  • Tudo estava em ordem na vida deles, mas o casal descuidou do seu compromisso com Deus. Eva, no desejo pessoal de algo mais, instigou o marido ao erro. O desejo de experimentar um pouquinho mais gerou muita decepção. Não há dúvida da responsabilidade dele, pois foi a ele, diretamente, que Deus deu uma ordem que deveria ser obedecida. Eles comeram o fruto juntos. Esse perigo continua a nos atacar, hoje, simplesmente porque temos desejos e nem sempre vivemos dentro dos limites estabelecidos, sobretudo por Deus. Precisamos de princípios, pois o nosso coração não é confiável.
  • Apesar desse momento difícil vivido por eles, Eva aprendeu a depender de Deus tanto no nascimento dos filhos, quanto em influenciá-los a servirem a Deus, como sendo o Senhor supridor nas suas vidas. A responsabilidade do ensino é nossa como pais, mas não o da mudança interior no coração dos filhos. Foi nesse clima que Eva viveu um momento traumático como mãe, com a perda de dois filhos, um por morte e o outro por abandono do lar, sendo punido por Deus pela sua amargura e consequente assassinato ao irmão. Eva ainda encontrou disposição para continuar a sua vida pessoal e familiar, na força que só Deus pode suprir. Ela estava reaprendendo a andar com Deus, e isso não foi e não é tarde demais para ninguém conseguir. Ela teve um outro filho com a consciência da atuação de Deus na sua vida. Ela não viveu amargurada com Deus pela sua situação. Ela viveu sobre as circunstancias tão duras e não embaixo delas. Ela não foi uma coitada, mas uma mulher que, da fraqueza, tirou forças em Deus para viver. Ela nem mesmo ficou culpando o marido, mas esperou na graça de Deus.

Eva, como obra prima da criação nos deixa o exemplo de cuidarmos com os desejos pessoais, priorizando os princípios divinos. Independente dos acontecimentos, a vida continuará, e Deus tem algo a realizar ainda mais em nós e através de nós.

A confiança no amor e nos propósitos do Senhor será fundamental para vivermos uma boa relação com Ele, conosco, com o conjugue ou com os familiares.

Salomão disse: “Uma mulher exemplar faz feliz quem a encontrar, pois o seu valor excede as mais finas joias, os seus filhos a louvam e o seu marido lhe diz que ela supera a todas as mulheres”.

Graça e a Paz de Deus a todas vocês.

Carlos Nogueira Martins
Associação Apascentar