OMISSÃO MASCULINA

Uma das frases mais conhecidas da história é: “lavo as minhas mãos”. Ela foi falada por Pilatos, governador romano na Palestina, quando do julgamento de Cristo. Ele se omitiu e colocou o peso do juízo sobre todo o povo. A sua omissão foi pecaminosa.

Um dos maiores problemas na família é a ausência da liderança do homem quanto aos assuntos cotidianos. Onde estava Adão quando sua esposa ouvia as investidas da serpente? Ele não assumiu o papel que lhe foi dado, anteriormente, pelo Criador, acusando a Deus e a mulher pelo problema. “Vocês fizeram, agora se virem”. Não sabemos se esse foi o seu pensamento, naquele contexto, mas foi a sua atitude.

Em toda a Bíblia, lemos que o papel de liderar foi dado ao homem. Na sociedade israelita, o filho mais velho tinha o privilegio e a responsabilidade da primogenitura. Isso envolvia o cuidado da família, espiritual e materialmente.

Jesus, como o filho mais velho, assumiu a liderança pela sua mãe viúva. Na cruz, Ele chamou João, o seu discípulo mais chegado, e o responsabilizou pelo cuidado dela.

A tendência do homem é silenciar. Para muitos, liderar exige esforço pessoal. Há muita reclamação feminina pela ausência dessa liderança. A palavra reclamação é leve, pois muitas se tornam rixosas e amargas, lhes acarretando grandes frustações pessoais e dificuldades no relacionamento conjugal. A Bíblia diz: “Maridos, vivei a vida comum do lar, para que o seu relacionamento com Deus não sofra interrupção”.

Sabemos como as nossas esposas estão, hoje, espiritual, emocional e fisicamente? Entendemos, com consideração, o choro delas ou é caso para profissional especializado?

Quando elas “estrilam”, a tendência é de fuga, silêncio profundo ou conseguimos liderar para a resolução dos problemas? Devolvemos a crítica com todo machismo ou buscamos, com inteligência e compreensão, entender o “estado elétrico” delas?

Queremos, com um coração verdadeiro, saber o que, de fato, está acontecendo ou ficamos amuados e durões na nossa ostra Conseguimos sentir o problema delas?

Temos conhecimento da vida pessoal e estudantil dos nossos filhos? Assumimos a paternidade ou eles já foram terceirizados?

Será que liderar é só trazer recursos para casa? Quando estamos fora do lar, fazemos contato para saber como eles estão? Com certeza, nos negócios, faremos isso.

O “lavar das mãos” na vida familiar só deve acontecer se for para tê-las limpas, com disposição para ajudar e vindos de corações verdadeiros.

Homens, Deus nos responsabiliza a conduzir a família, tanto quanto sabemos cuidar e proteger a nós mesmos. É difícil, mas Ele pode nos orientar pela Sua Palavra.

Pr. Carlos Nogueira Martins
Associação Apascentar