Escrevi a seguinte mensagem para um colega, com quem faço mentoria:

“Meu querido colega: ‘[…] e farei do vale de problemas uma porta de esperança’ (Oséias 2.15b). Essa é a minha certeza! Deus está lhe revelando uma porta de saída, que trará mudanças de vida e de comportamentos no ministério dessa mesma igreja. Tenha calma, sabedoria, discernimento e, sobretudo, humildade para promover mudanças com atitude e determinação. E todo este vale de problemas ficará para trás, na ocasião oportuna!

Tenho percebido que toda essa situação foi gerada pelo descuido nos relacionamentos significativos: com Deus, com a esposa, com a família e com o rebanho. Não preciso lembrar que, ao criar a pessoa humana, Deus a fez para uma comunhão íntima com Ele. Depois, instituiu o casamento e a família, antes mesmo da Igreja, do Estado ou de qualquer outra organização.

Em nosso relacionamento com Deus, longe de ser um jargão pastoral, os exercícios de sobrevivência espiritual são vitais: Palavra, oração, meditação, solitude, confissão, adoração, louvores.

Em nosso relacionamento conjugal são importantes: o romantismo, os elogios, o ato sexual, o companheirismo, as lembranças do namoro e do noivado, os sonhos, os planos futuros, a boa administração financeira, a criatividade, os entretenimentos, os presentes, as surpresas e outras experiências semelhantes a essas.

Em nosso relacionamento familiar são importantes: a comunicação, a prestação de contas, a amizade, a devoção familiar, os telefonemas, os passeios, o perdão, os elogios, o acompanhamento, as avaliações dos planos feitos e outros benefícios semelhantes.

No relacionamento com o rebanho são importantes: a transparência, a confissão, o perdão, a palavra branda, a renúncia, a pacificação, o discernimento espiritual, a sabedoria, e, sobretudo, o amor. ‘Eles não querem saber o quanto você sabe, até que saibam o quanto você os ama’, escreveu John Maxwell (2015).

Seu estado de espírito e de estresse, com certeza, foi um processo de insatisfação subjetiva. Durante os últimos anos, faltou atenção nas áreas mais importantes de seus relacionamentos. A sua atenção foi dividida com outras pessoas, com redes sociais e com preocupações que ajudaram a esmaecer o seu vigor. E isso refletiu muito no relacionamento e nas responsabilidades familiares e ministeriais.

Revitalize sua vida com Deus. Você constatou que a fraqueza espiritual e emocional levou-o a uma condição desfavorável. Podemos fazer muito para a obra de Deus, mas quase nada para o Deus da obra. Se somos fracos na oração, somos fracos em todas as outras áreas da vida. Ravenhil (1989) nos lembra: ‘Um homem pecador para de orar, um homem de oração para de pecar’. Existem apenas dois tipos de pessoas: os mortos em pecado e os mortos para o pecado.”

Sei que a minha “Carta do Coração”, escrita para aquele colega, poderá ser muito útil a outros que estejam passando por vale de problemas, mas poderão encontrar nesse vale uma porta de esperança!

Pr. Olney Basílio Silveira Lopes
Associação Apascentar