VERDADEIRAMENTE FELIZ

A nossa era é orgulhosa de seus avanços científicos e tecnológicos. Crescemos nas áreas da medicina, da informática, da educação, da robótica – que substitui o homem pelo robô – da cibernética – que promove a comunicação entre as máquinas. Realmente, têm sido grandes as conquistas do ser humano em nossa era.

Entretanto, apesar do avanço em todas essas áreas de conhecimento humano, não podemos dizer que o homem é melhor do que o era na idade média. Criamos tecnologias, avanços científicos, firmamos tratados, mas não conseguimos nos erguer das nossas mazelas pessoais: divórcio, destruição de lares, criminalidade, doenças sexualmente transmissíveis, mortalidade infantil, abortos, imoralidade e tantas outras enfermidades sociais.

Quando Jesus Cristo ressuscitou, as mulheres que foram ao sepulcro ouviram dos anjos a pergunta: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?” (Lucas 24.5). O que aqueles anjos quiseram dizer às mulheres com esta pergunta? Eles mostraram que o sentimento religioso delas estava mais forte do que a fé que deveriam revelar nas palavras de Jesus. Cristo havia falado a elas, e aos demais discípulos, que era necessário que Ele fosse entregue nas mãos dos homens pecadores, fosse crucificado e ressuscitasse ao terceiro dia (Lucas 24.7).

O sentimento religioso é inato. A pessoa humana já traz um sentimento de religiosidade em seu coração. Por isso que os homens buscam, entre o pluralismo de “deuses”, aqueles que satisfazem seus anseios, necessidades e prazeres pessoais, dedicando-se a esses como seus próprios deuses. E a fé fica sufocada, preterida, esquecida.

O mundo tem oferecido um sem número de opções para suprir esse anseio dos homens, que são distraídos em entretenimentos: televisão, internet, games, cinema e teatro, gastronomia, shoppings, jornais e revistas, esportes, viagens, torneios, amizades. Precisamos discernir quando esse pluralismo de entretenimento se torna uma barreira no relacionamento entre o nós e Aquele que vive!

Qual tem sido o objeto da nossa fé para abençoar nossa vida interior, casamento, família, carreira, negócio, buscas pessoais? Qualquer tentativa, sem a ação transformadora do Cristo Vivo no coração, é inócua, é vazia. Sem Jesus, o ser humano jamais irá conseguir levantar-se de suas enfermidades, melhorar o seu casamento, abençoar a sua família, definir a sua carreira, sentir-se bem-sucedido em seus negócios, acertar em suas buscas pessoais.

Então, o que fazer? Vamos jogar fora todas essas tentativas e esforços? Não, de modo algum. Apenas mostrar que é pura utopia a pretensão de um progresso sem Deus. Combatamos a ilusão de uma felicidade sem o Cristo Vivo. A educação, a antropologia, a sociologia, a psicologia e qualquer outra ciência são excelentes aliados do Evangelho, mas não substitutos.

Arquimedes, quando descobriu a teoria da alavanca, num grito de júbilo, exclamou: “Dai-me um ponto de apoio e eu levantarei o mundo”. Os homens já têm descoberto alavancas fortes e boas, mas o mundo não se ergue de suas mazelas e derrotas. É que lhes falta Cristo, “O Ponto de Apoio” que Arquimedes desconhecia. O Cristo Vivo que deve ser o objeto da nossa fé. Sempre. É só nele que encontramos a verdadeira felicidade.

Pr. Olney Basílio Silveira Lopes
Associação Apascentar