Uma senhora humilde e simples, acompanhada por seu marido, também humilde, pediram para conversar com o presidente da Universidade de Harvard, onde o seu filho acabara de se formar numa das primeiras turmas daquela instituição. No gabinete da reitoria, ela disse: “Gostaríamos de doar um edifício à Harvard”.
O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido e exclamou: “Um edifício?! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard.”
A senhora ficou em silêncio por um momento e então disse ao marido: “Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?”. O marido concordou. O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso.
Viajando de volta para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.
“A única instituição que se confunde com o homem, é seu caráter!” Por isso, não generalizemos, nem emitamos pareceres e conceitos precipitados.
Isto também aconteceu no ministério de Jesus Cristo entre os homens. Líderes religiosos, escribas, fariseus e até sacerdotes julgaram o Salvador pela sua aparência e pela sua região, sem conhecer toda a verdade. “Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?” (João 1.46). Que bairrismo! Quantas vezes perdemos por precipitação ou por substituir a verdade pelos preconceitos.
Jesus foi desprezado por sua aparência: “Quem creu no que pregamos, no que ouvimos e vimos? Quem poderia ter imaginado que o poder libertador do Eterno seria assim? Não havia nada de atraente nele, nada que nos levasse a olhá-lo com atenção. Ele foi desprezado e ignorado. Bastava olhar para ele, e as pessoas se afastavam” (Isaías 53.1-3). Mas Jesus Cristo não perdeu o foco em sua missão. Estabeleceu o Reino de Deus entre os homens. Ensinou verdades e conceitos profundos e eternos. Mostrou-nos o valor e a importância do caráter.
Outra grande lição sobre a importância do caráter e não da aparência aconteceu quando Samuel foi enviado por Deus para a escolha de um rei entre os filhos de Jessé (I Samuel 16.1-13). Ele começou a escolher a partir do primeiro filho, Eliabe, tendo a aparência como parâmetro. Mas Deus lhe disse: “Não atentes para a sua aparência (…) porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor vê o coração” (I Samuel 16.7).
Como têm sido as nossas escolhas? Quando escolhemos amigos, namorada, cônjuge, pessoas para funções de liderança na igreja, funcionários para funções na empresa, sócios, candidatos a cargos políticos? Escolhemos pela aparência ou pelo caráter, pelos atributos do coração dessas pessoas?
O caráter é inegociável para um homem: sua firmeza moral, sua honestidade, coerência nos seus atos, prova espiritual revelada na alma, no coração. Pensemos nisto!
Pr. Olney Basílio Silveira Lopes
Associação Apascentar
